quarta-feira, 19 de outubro de 2011

[TECNOLOGIA, CIÊNCIA, UTILIDADE] Mito ou verdade: energia elétrica sem fio pode matar alguém?



Apesar de parecer futurista, a transferência de energia elétrica pelo ar não é uma novidade. Os primeiros experimentos com esse tipo de condução aconteceram há mais de 100 anos e foram realizados por ninguém menos do que Nikola Tesla, um dos inventores mais brilhantes que o mundo já teve.

Em 1899, Tesla construiu uma bobina com cerca de 40 metros de altura e, a partir dela, foi capaz de transmitir eletricidade pelo ar a uma distância de 40 quilômetros, fazendo com que 200 lâmpadas se acendessem por meio dessa carga wireless. Apesar dos muitos raios emitidos durante a experiência, ninguém se feriu.

Anteriormente, Tesla também conduziu experimentos que utilizavam uma técnica conhecida como indução eletromagnética, um fenômeno descoberto em 1831, por Michael Faraday. Essa é a técnica usada hoje em alguns produtos domésticos sem fio, como escovas elétricas e carregadores de celular por indução.

Mas como isso funciona?


Apesar de parecer futurista, a transferência de energia elétrica pelo ar não é uma novidade. Os primeiros experimentos com esse tipo de condução aconteceram há mais de 100 anos e foram realizados por ninguém menos do que Nikola Tesla, um dos inventores mais brilhantes que o mundo já teve.

Em 1899, Tesla construiu uma bobina com cerca de 40 metros de altura e, a partir dela, foi capaz de transmitir eletricidade pelo ar a uma distância de 40 quilômetros, fazendo com que 200 lâmpadas se acendessem por meio dessa carga wireless. Apesar dos muitos raios emitidos durante a experiência, ninguém se feriu.

Anteriormente, Tesla também conduziu experimentos que utilizavam uma técnica conhecida como indução eletromagnética, um fenômeno descoberto em 1831, por Michael Faraday. Essa é a técnica usada hoje em alguns produtos domésticos sem fio, como escovas elétricas e carregadores de celular por indução.


  
Campo magnético (B) ao redor do condutor por onde passa uma corrente elétrica (I) 
(Fonte da imagem: Wikipedia)

Mas o interessante é que, quando uma corrente elétrica passa por um condutor, ela acaba criando um campo magnético em volta desse meio. Se uma bússola é posicionada perto demais de uma corrente elétrica, por exemplo, ela acaba tendo a sua posição alterada.

E caso essa corrente elétrica seja alternada, como a que chega pelas tomadas de nossas casas, ela é capaz de criar um campo magnético oscilante, ou seja, que varia ao longo do tempo, como a própria corrente.

O contrário também é possível. Se um campo magnético oscilante age sobre um condutor, ele é capaz de gerar uma corrente elétrica. Essa interdependência entre a eletricidade e o magnetismo é o que chamamos de eletromagnetismo e serve de base para entendermos como funciona a indução eletromagnética.

Indução eletromagnética: a mágica acontece




Um anel ou uma bobina de material condutor, como o cobre, é uma estrutura muito eficiente para criar e capturar campos magnéticos. Se essa bobina é conectada a uma corrente alternada, ela é capaz de gerar um campo magnético oscilante próximo à sua extremidade.

Caso uma segunda bobina seja posicionada perto da primeira, ela é capaz de capturar parte daquele campo magnético e, por meio de sua oscilação, gerar uma corrente elétrica que pode ser usada para acender lâmpadas e carregar celulares.

Essa transferência de energia de uma bobina para outra, por meio do campo magnético, é o que chamamos de indução eletromagnética.




É por meio desse fenômeno que o PowerMat recarrega as baterias de aparelhos eletrônicos, por exemplo. Note, porém, que a indução eletromagnética funciona a distâncias muito curtas e, por isso, os gadgets precisam ficar em contato com a superfície do carregador wireless.

Mas essa barreira de proximidade já foi rompida. Atualmente, existem soluções capazes de fazer com que a energia elétrica atravesse uma sala toda, pelo ar, e chegue até a bobina receptora, ou seja, até algum dispositivo eletrônico.

Dessa forma, seria possível, por exemplo, fazer com que a bateria do celular começasse a ser recarregada automaticamente, assim que você entrasse em casa. Prático, não?

Tecnologia naturalmente segura


   
Com os avanços tecnológicos, o campo magnético passou a desviar de obstáculos 
(Fonte da imagem: WiTricity)

Como pudemos perceber, a transferência wireless de energia elétrica se baseia na manipulação de campos magnéticos. Eles existem naturalmente em nosso planeta e interagem de maneira muito fraca com o nosso organismo, não oferecendo qualquer risco à saúde. Além dos humanos, outros animais também se enquadram nessa regra, ou seja, os bichos de estimação estão a salvo.

Além disso, muita coisa mudou desde as experiências de Tesla. Em 2006, o professor de física Marin Soljačić, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, acendeu uma lâmpada de 60 Watts por meio da indução elétrica. Mas com um diferencial: as bobinas foram ajustadas para emitirem e receberem o campo magnético a uma determinada frequência. Isso faz com que o campo seja focado e desvie de tudo o que estiver pelo caminho, inclusive das pessoas.



Isso não só torna o processo mais eficiente, como também mais seguro. Atualmente, Soljačić possui uma empresa que fornece sistemas de energia elétrica wireless, a WiTricity, e é capaz de enviar até 3 mil Watts através de uma sala: carga suficiente para carregar a bateria de um carro elétrico na garagem, por exemplo.

Pelo visto, os cabos estão mesmo com os dias contados. Dentro de alguns anos, não precisaremos mais escondê-los atrás dos móveis.o oferecendo qualquer risco à saúde. Além dos humanos, outros animais também se enquadram nessa regra, ou seja, os bichos de estimação estão a salvo.

Além disso, muita coisa mudou desde as experiências de Tesla. Em 2006, o professor de física Marin Soljačić, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, acendeu uma lâmpada de 60 Watts por meio da indução elétrica. Mas com um diferencial: as bobinas foram ajustadas para emitirem e receberem o campo magnético a uma determinada frequência. Isso faz com que o campo seja focado e desvie de tudo o que estiver pelo caminho, inclusive das pessoas.

Fonte: Tecmundo

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